Tive o privilégio de ontem assistir ao concerto de Mr. Anka no Casino do Estoril. E mais, de o cumprimetar no back-stage. O homem é GRANDE, é um SENHOR, daqueles que já não se fabricam hoje em dia. Aos seus 66 anos, magro e enxuto, de baixa estatura, Anka transforma-se em cima do palco - o que mais me impressionou foi a sua linguagem corporal. A elegância, o ritmo, a beleza dos movimentos e dos gestos. Para além de tudo o resto: a excelente produção, a orquestra, o contacto e, a voz, claro, que ainda tem muitos anos para nos dar.
Um dos últimos crooners vivos. Ainda bem que fui. Ainda bem que disse que sim ao convite. Ainda bem que estive lá.
De regresso a Lisboa, optei pela velha estrada Marginal, e durante todo o percurso (talvez 40 minutos ?) ouvi repetidamente a faixa 1 do mais recente trabalho de uma senhora da soul chamada Candi Staton. O disco chama-se «His Hands», e o tema em questão «You Don't Have Far To Go». Pode não ser uma grande canção, podemos dizer até que nada traz de novo, mas interpretação é feita com grande alma - é essa a base da música soul. E de toda a música.
Enfim, uma noite plena - pena é, que todos os dias, todos os momentos, não sejam assim. Mas, regressando a Teixeira de Pascoaes «a banalidade é uma obra terrível dos nossos olhos».
Escritas para palco (2010 » 2025)
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a casa que temos dentro - performance
aisha - performance
até as pedras precisam de raízes - ópera
chega de fado - performance
cruza as pernas como uma rainh...
Há 6 horas
 
 
 
 
 

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