terça-feira, outubro 23, 2007

Portugal, país regulado por uma lei fundamental, de conteúdo programático é certo, que garante entre outras coisas, o acesso e o direito à saúde.
Daí que o comum dos mortais, cidadão ocupado em sobreviver sem contrair mais um crédito, se revolte contra a falta de comparticipação de determinadas classes medicamentosas, listas de espera em hospitais, etc, e se questione quando efectua um estudo (superficial) comparativo com outros países a este respeito.
Vejamos o caso da vacina do Cancro do Útero (papiloma do vírus humano), que é só a segunda doença que mais vitima mulheres em Portugal, e, neste rectângulo à beira mar plantado a vacina não é comparticipada por várias razões, sendo uma delas o desconhecimento da sua eficácia, ao invés das ajudas além fronteiras que podem ir até 100%! Pois não é que a ANF se revoltou contra uma farmácia sita na Rua de Santa Catarina no Porto por esta vender as ditas vacinas a preço de custo e que além disso facilitava o pagamento da mesma em prestações? Refere para tal proibição que as vendas a prestações são proibidas em medicamentos...
Meus caros, companheiro(a)s desta "Jangada de Pedra", creio que todos temos mulheres nas nossas vidas, nem que sejam conhecidas, que se enquandram na faixa etária em que a vacina é eficaz, como não somos um país em que o poder de compra abunda a comparticipação da dita vacina é imperativa se a compararmos com a OTA e seus milhentos estudos, o TGV idem e já não vou atrás aos estádios de futebol ...
Pela saúde das mulheres em Portugal, para que possam ter filhos e receber o "abono de família" antes do parto é necessário que estejam vivas...
Creio que quem pode, quem tem voz, deve fazer-se ouvir para prevenir os desnecessários casos futuros e em memória das vítimas do passado, nas quais a minha mãe se inclui, mulheres de garra que certamente desejariam alterar este ciclo.
P.S. Bem haja Sr. Director da farmácia na Rua de Santa Catarina, eu resido em Lisboa e faço questão de lhe adquirir a vacina para a minha filha, pois exemplos em que o sector privado quase se substitui ao magnânime Estado não são comuns!

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